Um Brinde à Poesia completou 13 anos, no dia 11 de junho deste ano. Acontece em duas edições mensais fixas. Faz parte da programação fixa do MAC Niterói, acontecendo todo segundo sábado, no auditório do Museu. Em agosto fez sua estreia no Rio, com programação fixa, toda quarta quarta-feira, na Livraria do Café, no Shopping da Gávea. UM BRINDE À POESIA RIO 03 Coordenação e apresentação: Lucília Dowslley Músicos: Fábio Pereira e Alexandre Pontes Poetas Convidados: Kyvia Rodrigues, Marcela Giannini, Cairo Trindade e Manoel Herculano Participação Especial: Igor Cotrim e Pedro Poeta - beep-polares pocket Convidado Musical: Cayê Milfont, Robson K. e Jayme Botelho Um Brinde à Poesia Musical: Clube da Esquina Canja Diversos - participação com um poema (nome na lista para poder participar: umbrindeapoesia2012@gmail. Entrada Franca
Kyvia Rodrigues é poeta, atriz, produtora e dá oficinas de interpretação teatral. estudou no colégio Militar e na UERJ, onde cursou Comunicação Social e começou a organizar eventos de poesia e música. Foi organizadora do Xalon, evento poético-musical que acontecia no Catete. Entrou para a Gang da poesia, em 1999, e desde então se apresenta com a trupe; Como atriz, participa de peças, curtas-metragens, videoclipes e performances, e como modelo, de capa de livros e discos. tem poemas publicados em algumas antologias.
Eu, Kyvia
Agora, estou nua
sob os olhos de desejo
e bocas entreabertas de espanto
Agora estou cria
de pranto e dor
sem temor da suposta vida
que me aguarda rangendo os dentes
Agora sou tua
poesia ardente
semente que me arranca a pele
e me derrama ao mundo
sem licença
Agora sou a crença
pós-masmorra
sou a porra fertilizada
por palavras insanas
e sou a ´própria insanidade
Agora sou a verdade
latente sempre velada
sou a bifurcação da estrada
cravada em seio erógeno
Agora sou o ódio que alimenta a cura
a tortura para a hipocrisia
Agora sou deus
e me chamo poesia
Manoel Herculano
Maranhanense - Poeta/Ator/Dramaturgo
Espetáculo solo: ESPELHO (UM AUTOR À PROCURA DE PERSONAGENS)
AMBIENTE-SE
Peço a palavra e um instante de atenção Pois já não dá pra ser meio consciente É importante assumir o compromisso Desde o início do meio expediente Reforçar nosso amor pela mãe terra Antes do fim de todo meio ambiente Porque no meio do meio ambiente Ao meio dia quem é sábio observa E sem meio termo a nossa conversa Tem que ser sincera, sem reserva Pois se ainda existe uma saída Ela está nas mãos de quem preserva Não dá pra ficar em cima do muro Nem seguir caminhando no meio fio Estamos à beira e no centro de tudo Em nosso meio estamos por um fio Do lado de cá, e de lá, e de dentro Quando o tempo esquenta e faz frio Todo mundo precisa compreender Que já habita no terceiro milênio E que do primeiro ao terceiro mundo Necessita-se igualmente de oxigênio Sem ar e sem árvore não sobrevive Nem o bilionário nem o gênio Seja feliz igual pinto na lixeira Lixo orgânico, lixo reciclável Papel, metal, vidro e plástico Coleta seletiva, ação responsável Lucidez e atitudes que garantem Para todos um futuro confortável Mas pra falar de esperança no futuro Só com educação à nossa altura Produzir o pão nosso de cada dia Vestindo a camisa da agricultura Sem destruir a prole nem o pólen Nossa morada e o culto à cultura E o rei do baião, um ser lá do sertão Por ser tão consciente fez um xote Sobre a dor das florestas, das matas De quem mata, e é morto, e é morte A terra que arde nas mãos do covarde E nos deixa sem rumo, sem norte O sustento da sustentabilidade Não permite consumo sem limite Nem a falta de zelo e o degelo Clamor que a geleira transmite E outros gritos, tantos lamentos Fatos que o bom senso não admite Pois então se ligue nesta missão O meio ambiente é biológico E a lição é: ambiente-se, oriente-se Já que o sistema nem sempre é lógico Mas a possibilidade real existe Porque o eco da natureza é ecológico
COM A PALAVRA
Dá licença, eu estou com a palavra E se estou com a palavra, automaticamente minha língua destrava Porque, sem palavreado, a palavra é minha única arma Com ela eu faço canções, orações, desfaço karma Descrevo um tema e escrevo um poema que te desarma Como é bom saber usar as palavras, beber sábias palavras E, curiosamente, eu gosto até de meias palavras Não de meia verdade, acho triste não ter palavra Aprendi com meu avô, analfabeto, filho de índio e escrava Um doutor ensinando ao neto, o valor da fala que ele mal soletrava Detesto medir as palavras, engolir palavras Principalmente aquelas de cores fortes, sonoridades bravas Palavra que dá gosto ouvir, falar, sentir, cantar Palavra que invade nosso pensamento, causa aflições, tece sua teia Que lavra nossa mente e milhões de ideias semeia Palavra que provoca segundas intenções, o poder da astúcia E desemboca nas inspirações, sensações de prazer e angústia Palavra novinha em folha, bonita, cheia de razão, que a gente grava Palavrinha tola, esquisita, palavrão com que se agrada, agride, agrava Ou simplesmente: "Outras palavras, outras palavras..." "Por favor entenda, que palavra por palavra eis aqui uma pessoa..." "Palavras são palavras, e a gente nem percebe o que disse sem querer..." "Pena que pena que coisa bonita, diga qual a palavra que nunca foi dita, diga..." "Minha palavra cantada pode espantar, e aos seus ouvidos parecer exótica..." "Só uma palavra me devora, aquela que meu coração não diz..." "Palavra não foi feita para dividir ninguém/ Palavra é a ponte onde o amor vai e vem/ Onde o amor vai e vem".
Cairo de Assis Trindade - Escritor, estudou Direito e Comunicação. Tem quatro livros de poesia publicados, participa de várias antologias; teve duas peças de teatro encenadas e atualmente prepara o próximo livro. Trabalhou como ator nas peças D.Quixote, Hair, Hoje é Dia de Rock, O Arquiteto e o Imperador da Assíria. Dirigiu três peças de teatro. Criou a Gang, faz recitais e performances poéticas pelo Brasil, com A Dupla do Prazer. Dirige a Gang Edições e aEditora Contemporânea. Ministrou também Oficinas de Criação Literária no Sindicato dos Professores SINPRO-Rio. É copydesk e colaborador da Agenda da Tribo (São Paulo). www.livrodatribo.com.br
Enigma
sou este ponto de espanto no entra-e-sai – no vai-e-vem metade de mim é quando a outra metade é quem parte em mim é desespero outra parte desencanto só sei ser múltiplo inteiro quando eu amo – quando eu canto tento juntar os pedaços passos, pessoas, passado não sei onde estão meus rastros meu retrato mais exato entre estes cacos e restos nem perfil nem biografia se me perdi nos meus versos um dia viro poesia
Labirinto
preso a meu corpo preso a meu peso preso a meu porto - meu endereço preso a meu nome preso ao presente a meu telefone - meu desespero preso a meu ego preso a meu preço ao que carrego e ao que careço preso aos pesares preso aos prazeres preso ao prosaico a pressões preconceitos preso a prazos horários agenda conta bancária - quanta corrente preso a números e documentos preso ao desprezo que sinto por eles detento de tantos, exilado em mim mesmo sou refém e carcereiro tenho as chaves e as algemas e entre grades que eu invento me liberto no poema
Igor Cotrim é um artista de diferentes expressões que se completam: cinema, teatro, poesia, música, literatura, apresentação e improviso. Formado pela Escola de Arte Dramática da USP, trabalhou na Rede Globo no programa "Sandy e Junior" e na novela "Mulheres Apaixonadas". Na Record, participou da novela "Chamas da Vida" e já apresentou programas culturais para o Discovery Chanel e MULTISHOW. No cinema, atuou ao lado da atriz Simone Spoladore no filme "Elvis e Madonna", de Marcelo Lafitte. No teatro destacam-se os espetáculos "O casamento", de Nelson Rodrigues, "O evangelho segundo Jesus Cristo", de José Saramago e "Cozinha", de Arnold Wesker. Contabiliza os prêmios de melhor ator no Festival Internacional de Manaus e no Festival de Natal. Ganhou o prêmio especial do júri de melhor ator no Festival de Fortaleza - IV for Rainbow, e recentemente levou para casa os prêmios de melhor ator da ACIE e ator revelação do prêmio Guarani
Tenho uma poesia cravada na "parede da memória"...
Uma lembrança simplória do amanhã fantasiado de agora...
O Deus que tudo implora... Chamava-se Ego... Em meio a história...
Nos perdoaram a beleza da mais pura trajetória... Amor não bate a porta... Permeia a vida ao longo da flora...
Quem me dera a criança fosse a chave do pensamento... Se pensamento fosse... alguma chave criança a dentro...
Sentimento se atualiza varrendo o que desequilibra...
Nasci no circo... Fui ator... Subi no palco... Cai na pista...
Ainda espero a sinceridade no olhar... e sinceramente não entendo sinceridade que não seja amar... Piegas é querer determinar... E o que eu tento esboçar é o sentir... O sorrir... Se libertar...
Tenho uma poesia cravada na parede das suas lembranças...
Esperança fosse... A dança...
...........................................
Que seja a vida, inevitavelmente, a soma das nossas melhores forças...
A multiplicação das nossas melhores lembranças...
E a unidade dos nossos melhores sentimentos...
O resto... sem amor... é perda de tempo...
Que esteja a vida muito além dos nossos humanos pensamentos...
Me permito, quando posso, o sabor de ser pequeno...
UM MÚSICO
BRASILEIRO
Compositor,
cantor, instrumentista, Cayê Milfont, é cearense de nascimento
radicado em
Brasília e no Rio de Janeiro, e traz a marca da paixão em tudo que faz.
Vem de uma
família de músicos.
Neste ano de
2012, ele participou da temporada Brasil, Sertão e
Mar, no
Auditorium
Mainson du Patrimoine, na cidade de Troyer - França e tem a música
de sua
autoria - Pedaço de Ti - sendo
interpretada pela artista portuguesa, atriz e
cantora,
Simone de Oliveira, em Portugal.
E dá
continuidade às apresentações de seu mais recente formato de show – Cayê
Milfont – cantos de TAIGUARA – uma homenagem a um dos ícones da MPB e da
resistência à ditadura militar instalada no País nos anos 60, 70
e 80, ao lado de quem
participou do Show pela Paz Mundial.
Em 2010, com
mais de 30 anos de carreira profissional, lançou seu mais novo CD –TERRA DO SOL
- que reúne composições e arranjos de sua autoria, num
repertório
que leva o ouvinte a uma viagem através de ritmos: Bossa Nova, a
clássica
romântica MPB, Samba-canção e Samba.
Como
compositor e intérprete, em 2008 Cayê Milfont foi um dos 11 finalistas da
Final de
Gala do Gibraltar Song Festival, na Europa, com uma de suas composições –
AGASALHO – tendo sido escolhida dentre 200 de todo o mundo e única
representante de língua portuguesa na história do Festival europeu. Em 2010,
novamente com a canção ANTES - de sua autoria – ele esteve no GSF, representando
o Brasil, dentre participantes do Reino Unido, Austrália, Argentina, Venezuela,
Espanha e Malta.
Cayê Milfont
foi vencedor, como melhor arranjador e intérprete, da Feira
Pixinguinha
em Brasília (DF, Brasil), em 1979, que lhe rendeu o convite para
participação
no show Dolores Vinte Anos Depois, com Marisa
Gata Mansa. E
também
escreveu e musicou diversas peças teatrais, que permaneceram em
cartaz no
Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília por vários anos como O
Inspetor
Geral, A
Casa de Chocolate, As Aventuras de
Galápagos, O Outro Lado do Lado e A
Fada. Até 2010 ainda estava em cartaz, no Rio de Janeiro, a montagem
musical «O Semeador de Estrelas».
Robson Cândido de Carvalho, conhecido na música como Robson K, nasceu na cidade de São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, no dia 1 de novembro de 1980. Filho de um Policial Militar e de uma cozinheira, Robson aos cinco anos já mostrava sua veia artística nas serestas que seu pai fazia aos domingos em sua casa, e cantava junto com os adultos músicas de Agnaldo Rayol, Altemar Dutra, Nelson Gonçalves e outros cantores daquela época.Aos 17, já era cantor, compositor, arranjador, instrumentista, com várias inluencias da MPB, Reggae, Rock e Samba, participou de alguns festivais mas nunca tinha gravado. Aos 21, ele deixou a música para trabalhar num estúdio de gravação e se formar Técnico em Gravação e Produção Fonográfica, mas não trabalhou por muito tempo. Em 2007 Robson volta a tocar, formou al banda Renomados, que durou até 2008 e no mesmo Ano passou a gravar parcerias, a maioria com Jayme Botelho e em 2011 gravou sua primeira demo solo "Robson K Acústico". Demo essa que Robson luta para virar seu primeiro álbum produzido profissionalmente.
Contato para showcontato.robsonk@hotmail.comRIO DE JANEIRO - RJ - Brasil 75691301 Agradecida a todos que estiveram presentes na inebriante noite do Um Brinde à Poesia Rio 03, ontem na Livraria do Café Gávea! A Satisfação e a felicidade na alma, deixam o desgaste físico e a dor no chinelo. 13 anos produzindo e apresentando brilhantes poetas e músicos, revelando talentos no meio do público e conquistando admiradores apaixonados pela arte da palavra falada ou cantada "não tem preço" mesmo. Vale o compartilhar amigos! Obrigada em especial aos artistas da programação desta edição: Cayê Milfont,Igor Cotrim, Pedro Poeta, Kyvia Rodrigues Guarani-Kaiowá, Manoel Herculano, Cairo Trindade, Robson K Compositor, Jayme Botelho, Marcela Giannini, Alexandre Pontes e Fabio Pereira! Ao querido fotógrafo Julio Pereira pelas lindas imagens eternizadas! Foi lindo! Obrigado aos parceiros Cais de Icarai - Luiz Barros e a Porção Mágica! Obrigada a Claudia da aconchegante Livraria do Café! Foi tudo lindo! Valeu! ♥ UM POUCO DO QUE ACONTECEU. ASSISTA: |
Foi lançado no dia 11 de junho de 1999, pela fotojornalista, atriz e poeta Lucília Dowslley. O objetivo deste Movimento é divulgar a obra de artistas consagrados na literatura e na música - letrista, proporcionar espaço para novos autores e compositores,estimular e encorajar aqueles que nunca se apresentaram num sarau ou mesmo falaram num microfone em público e promover lançamento de livros ou cds, sem custo algum para o artista. umbrindeapoesia@gmail.com
Um Brinde à Poesia
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Um Brinde à Poesia Rio 03 - 24 de Outubro
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
uma noite de gala da arte e da cultura, com tantos astros & e estrelas da poesia. o "brinde à poesia" é um evento impecável, em cenário maravilhoso, na "livraria do café". parabéns, lucília downsley!
Foi uma noite incrível, inesquecível, só gente brilhante, parabéns, Lucília, espero estar sempre contigo, grande beijo!
Postar um comentário