Um Brinde à Poesia

Um Brinde à Poesia

sábado, 26 de janeiro de 2008

HOMENAGEM ELIS REGINA - COMO NOSSOS PAIS




Como Nossos Pais
Elis Regina
Composição: Belchior


Não quero lhe falar

Meu grande amor

Das coisas que aprendi

Nos discos...

Quero lhe contar como eu vivi

E tudo o que aconteceu comigo

Viver é melhor que sonhar

Eu sei que o amor

É uma coisa boa

Mas também sei

Que qualquer canto

É menor do que a vida

De qualquer pessoa...

Por isso cuidado meu bem

Há perigo na esquina

Eles venceram e o sinal

Está fechado prá nós

Que somos jovens...

Para abraçar seu irmão

E beijar sua menina, na rua

É que se fez, o seu braço

O seu lábio e a sua voz...

Você me pergunta

Pela minha paixão

Digo que estou encantada

Como uma nova invenção

Eu vou ficar nesta cidade

Não vou voltar pr'o sertão

Pois vejo vir vindo no vento

Cheiro da nova estação

Eu sei de tudo na ferida viva

Do meu coração...

Já faz tempo

Eu vi você na rua

Cabelo ao vento

Gente jovem reunida

Na parede da memória

Essa lembrança

É o quadro que dói mais...

Minha dor é perceber

Que apesar de termos

Feito tudo o que fizemos

Ainda somos os mesmos

E vivemos

Ainda somos os mesmos

E vivemosComo

Os Nossos Pais...

Nossos ídolos

Ainda são os mesmos

E as aparências

Não enganam não

Você diz que depois deles

Não apareceu mais ninguém

Você pode até dizer

Que eu tô por fora

Ou então

Que eu tô inventando...

Mas é você

Que ama o passado

E que não vê

É você

Que ama o passado

E que não vê

Que o novo sempre vem...

Hoje eu sei

Que quem me deu a idéia

De uma nova consciência

E juventude

Tá em casa

Guardado por Deus

Contando vil metal...

Minha dor é perceber

Que apesar de termos

Feito tudo, tudo

Tudo o que fizemos

Nós ainda somos

Os mesmos e vivemos

Ainda somos

Os mesmos e vivemos

Ainda somos

Os mesmos e vivemos

Como Os Nossos Pais...


A maior cantora do Brasil "A coisa mais importante do mundo é a minha casa!”
(1945•1982)


A platéia gritou histérica quando Elis levantou e girou os braços ao redor de si mesma, como se fosse um helicóptero, enquanto cantava “Arrastão”, de Edu Lobo e Vinícius de Moraes. Era a primeira vez que aparecia para o grande público, no I Festival da TV Excelsior, em 1965, mas a julgar pelo comportamento da platéia, tudo levava a crer que ela fosse uma estrela consagrada. Apesar de ter apenas 20 anos, Elis Regina de Carvalho Costa era uma veterana, pois já cantava havia pelo menos seis anos. A gaúcha de Porto Alegre que começou a cantar nas rádios aos 14 anos, era chamada de Pimentinha por Vinícius de Moraes, e de Hélice, mas preferia o merecido apelido de “A Voz do Brasil”.
Considerada uma das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos, nunca houve uma intérprete com tanto carisma. As interpretações apaixonadas, a enorme popularidade, o temperamento explosivo e a morte prematura, aos 36 anos, por overdose de cocaína e álcool, fizeram de Elis um mito. Sua relação com as drogas foi rápida e fulminante. Assim como sua carreira. Em pouco menos de 20 anos, gravou 31 discos com o melhor que a MPB já produziu. São clássicas na voz de Elis as gravações de “Como Nossos Pais”, de Belchior, “Travessia”, de Milton Nascimento, e “Águas de Março”, de Tom Jobim. A carreira internacional só não vingou porque a estrela não suportava ficar muito tempo longe do Brasil. No Olympia, em Paris, voltou ao palco seis vezes atendendo aos pedidos de bis da platéia. Com os dois maridos, os músicos Ronaldo Bôscoli e César Camargo Mariano, teve relacionamentos conturbados. Mas cuidou intensamente dos filhos – João Marcelo, do primeiro casamento, e Pedro e Maria Rita, do segundo – enquanto pôde. Amada e idolatrada, Elis deixou saudade. Sua morte repentina, em janeiro de 1982, chocou o Brasil. “Não tenho tempo para desfraldar outra bandeira que não seja a da compreensão, do encontro e do entendimento entre as pessoas”, disse Elis, poucos meses antes de sua morte.

EM FEVEREIRO TÊM MAIS BRINDES



PARTICIPEM!


JÁ ESTÁ CONFIRMADO!! DIA 22 DE FEVEREIRO ERGUEREMOS MAIS UM BRINDE À POESIA, NA TRIBO URBANA, A PARTIR DAS 19 HORAS.

INICIAREMOS COM A PROJEÇÃO DO DVD DA ELIS REGINA, PRESTANDO UMA HOMENAGEM SINGELA A ESTA GRANDE ESTRELA.

E, ÀS 20:30 SERÁ O SARAU COM A PRESENÇA DE CONVIDADOS ESPECIAIS DO CENÁRIO ARTÍSTICO.


A SUA PRESENÇA É MUITO IMPORTANTE!! A ENTRADA É FRANCA.


E SE VOCÊ GOSTA DE POESIA, ESCREVE, CANTA, TOCA, ATUA, DANÇA OU TEM ALGUM TRABALHO DE EXPRESSÃO ARTÍSTICA E QUER UM ESPAÇO, VENHA SE APRESENTAR.


ENTRE EM CONTATO OU SIMPLESMENTE VENHA ASSISTIR.


TUDO VALERÁ A PENA.


MAIS DETALHES DA PROGRAMAÇÃO EM BREVE.


PAZ! GRAÇAS A DEUS! BRILHA LUZ!


LUCÍLIA DOWSLLEY

HOMENAGEM VINÍCIUS DE MORAES - NOSSO PATRONO






O UM BRINDE INICIOU BEM O NOVO ANO.




ONTEM (DIA 25 DE JANEIRO), TIVEMOS UMA EDIÇÃO MARAVILHOSA, NO ESPAÇO CULTURAL TRIBO URBANA. FORAM MAIS DE QUARENTA PESSOAS PRESENTES. COMEÇAMOS A BRINDAR A NOITE COM A PROJEÇÃO DO FILME VINÍCIUS DE MORAES. RECEBEMOS OS POETAS NALDO VELHO E FÁBIO MALVEIRA, A CANTORA GRAZIELA FERREIRA E O MÚSICO MATHEUS PREVOT. ALÉM DE PARTICIPAÇÕES DE CARMEM BRASIL, JAIRO MENEZES ENTRE OUTROS NA CANJA E A EXPOSIÇÃO DOS DESENHOS DE RAFAEL MATOS.UM NOVO SINAL DE QUE O MOVIMENTO PELA PAZ E LIBERDADE DE SER UM BRINDE À POESIA VAI ERGUER MUITOS BRINDES PELAS NOITES ENLUARADAS POR MUITO TEMPO AINDA.


GRAÇAS A DEUS!



PAZ! BRILHA LUZ!

E MEU MUITO OBRIGADO A PRESENÇA DE TODOS! VALEU!



LUCÍLIA DOWSLLEY










O Poeta Aprendiz
Vinicius de Moraes
Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho



Ele era um menino


Valente e caprino


Um pequeno infante


Sadio e grimpante


Anos tinha dez


E asas nos pés


Com chumbo e bodoque


Era plic e ploc


O olhar verde gaio


Parecia um raio


Para tangerina


Pião ou menina


Seu corpo moreno


Vivia correndo


Pulava no escuro


Não importa que muro


Saltava de anjo


Melhor que marmanjo


E dava o mergulho


Sem fazer barulho


Em bola de meia


Jogando de meia-direita ou de ponta


Passava da conta


De tanto driblar


Amava era amar


Amava Leonor


Menina de cor


Amava as criadas


Varrendo as escadas


Amava as gurias


Da rua, vadias


Amava suas primas


Com beijos e rimas


Amava suas tias


De peles macias


Amava as artistas


Das cine-revistas


Amava a mulher


A mais não poder


Por isso fazia eu grão de poesia


E achava bonita


A palavra escrita


Por isso sofria


De melancolia


Sonhando o poeta


Que quem sabe um dia


Poderia ser





VINÍCIUS DE MORAES - O FILME


A montagem de um pocket show em homenagem a Vinicius de Moraes por dois atores (Camila Morgado e Ricardo Blat) é o ponto de partida para reconstituição de sua tragetória. O documentário mostra a vida, a obra, a família, os amigos, os amores de Vinicius de Moraes, autor centenas de poesias e letras de música. A essência criativa do artista e filósofo do cotidiano e as transformações do Rio de Janeiro através de raras imagens de arquivo, entrevistas e interpretações de muitos de seus clássicos.
Informações Técnicas
Título no Brasil: Vinícius
Título Original: Vinícius
País de Origem: Brasil
Gênero: Documentário
Tempo de Duração: 110 minutos
Ano de Lançamento: 2005
Estréia no Brasil: 11/11/2005
Distrib.: UIP
Direção: Miguel Faria Jr.
Elenco:
Camila Morgado
Ricardo Blat
Renato Braz
Yamandú
CostaAdriana
Calcanhotto
Olívia Byington
Mônica Salmaso
Mariana de Moraes
Sérgio Cassiano
Zeca Pagodinho
MS Bom / Nego Jeff / LerovMart'Nália
Antônio Cândido
Caetano Veloso
Carlos Lyra
Carlinhos Vergueiro
Chico Buarque
Ferreira Gullar
Edu Lobo
Francis Hime
Georgiana de Moraes
Gilberto Gil
Luciana de Moraes
Maria Bethânia
Maria de Moraes
Miúcha
Susana Moraes
Tônia Carrero
Toquinho



ESTES DIAS NO GIRASSOL - Lucília Dowslley


Parece que caminhei
Por muito tempo
Embaixo da chuva
Buscando inspiração
Para escrever algo que não
Falasse apenas da dor.
Eu posso criar, viajar...
Cada dia me traz
Mais motivos.
Cantarei altoBrindarei a felicidade
Farei um vôoAté a mais alta montanha
Desta linda cidade do Rio.
Tocando o azul
Transformarei-me numa águia
Deixando o passado para trás.
Isso é apenas o começo.
Em seguida Reverenciarei a Deus
Com simplicidade e verdade.
Minha prece habitará
Cada folha que se desprenderá
E voará nesta tarde
Dourada de outono.
Chegando ao Criador
Sentirei os sinais
E mudanças serão acionadas
A começar em mim.
Mais tarde quando o manto
Cobrir todo o universo
Meu grito aprisionado
Tornará-se brilho
Em cada estrela que escorregar.
E a cada fase da lua
Uma face em mim se revelará.
E o mar como grande espelho
Sugará a minha imagem
Em viagem ao meu ser.
Mergulharei sem temer.
E cada gota
Será minha também.
E a cada grão de areia
Um sonho que despertarei.
Infinitas possibilidades
Uma loucura superior
Além da própria normalidade.
Riqueza daqueles
Que sem temer a volta
Buscam aventura na existência.
Desafiar a si mesmo
Superar-se em prol
De algo melhor.
Girar no girassol
E soltar grãos de ouro
A cada encontro.
Não exitar brilhar com o sol
A riqueza dos reis acencionados
Pela divina vontade
Do puro amor.
Renascer em mim.
Estes dias serão assim
E estão apenas começando
Estes dias no girassol.