Um Brinde à Poesia

Um Brinde à Poesia

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Um Brinde à Poesia = Edição Outubro 2012



Um Brinde à Poesia completou 13 anos, no dia 11 de junho deste ano. Passou por muitos lugares aqui em Niterói e a pouco mais de um ano entrou para programação fixa do MAC Niterói(http://www.macniteroi.com.br/?page_id=33). O evento acontece todo segundo sábado, no auditório do Museu e a entrada é franca. Em agosto fez sua estreia no Rio, com programação fixa, toda quarta quarta-feira, na Livraria do Café.


PROGRAMAÇÃO SUPER ESPECIAL!




UM BRINDE AO SER CRIANÇA




Coordenação e apresentação: Lucília Dowslley


Homenagem: Vinícius de Moraes


Músicos: Fábio Pereira e Alexandre Pontes


Poetas Convidados: Dandy Poeta, Sol Figueiredo, AfranioAfra e José Henrique Calazans, divulgando o livro de poemas "Quem vai ler esta merda?"


Convidada Especial: Luana Moana (cantora)


Poesia Infantil: Alunos da Oficina de Teatro do J. E. Sementinha Iluminada


Canja Diversos - participação com uma música ou um poema

(é só colocar o nome na lista para poder participar)



Entrada: um livro infantil para doação


Foto do cartaz de Lucília Dowslley - Crianças: Miguel e Cauê Soares Rosa




HOMENAGEM VINÍCIUS DE MORAES


1913

Nasce, em meio a forte temporal, na madrugada de 19 de outubro , no antigo nº 114 (casa já demolida) da rua Lopes Quintas, no Jardim Botânico, ao lado da chácara de seu avô materno, Antônio Burlamaqui dos Santos Cruz. São seus pais d. Lydia Cruz de Moraes e Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, este, sobrinho do poeta, cronista e folclorista Mello Moraes Filho e neto do historiador Alexandre José de Mello Moraes.
Poeta essencialmente lírico, também conhecido como "poetinha", apelido que lhe teria atribuído por Tom Jobim, notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador. O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida e suas esposas foram, respectivamente: Beatriz Azevedo de Melo(mais conhecida como Tati de Moraes), Regina Pederneiras, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nelita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues Santamaria (a Martita) e Gilda de Queirós Mattoso.
Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.



"São demais os perigos desta vida
Pra quem tem paixão principalmente
Quando uma lua chega de repente
E se deixa no céu, como esquecida
E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher..."









Um músico jovem, Alexandre Pontes, nascido em Vila Velha, ES,que tem consolidado seu trabalho 
na velha escola da música:A noite.Suas composições são carregadas de lirismo e suíngue. 
Compositor frenético, evolui a cada nova obra, banhando-se de influências não só musicais mas também literárias,trafegando por MPB, Bossa Nova, Jazz e Blues. Dono de uma voz que expressa, não só o amor, mas a vontade de tê-lo!!!


Ouça em:
www.oinovosom.com.br/alexandrepontes

Siga no Twitter:
@alexandreponts 

PARTICIPAÇÃO DO ALUNOS DO JESI

Lucília Dowslley dá aulas de Criação de Texto e Teatro, 
no J. E. Sementinha Iluminada, em Itaipu.
Alguns alunos irão participar lendo poemas de Vinícius de Moraes para crianças.







CONVIDADOS DA PROGRAMAÇÃO 







DANDY POETA

Nome adotado no curso da vida, de nascença como poeta cantador, Dandy. Paulista na certidão, hoje do mundo, um cara comum, cuja tia cantadora de ladainhas e o bisavô paterrno  dava aulas nos sertão da Bahia. Sem sequer ter cursado escola alguma, fibras fortes que alinharam seu prumo para os caminhos da poesia cantada, espalhando pelos saraus e palcos públicos da cidade há cinco anos. "Só sei escrever cantando, só sei ver o mundo através de poesias cantadas, só sei servir ao mundo que vejo reverenciando a arte de declamar canções. Acredito nesta arte. Vivo em nome dela. Espero que meu primeiro projeto, um CD de carne e sangue, possa comprovar minha crença."



SOL FIGUEIREDO

SOL Figueiredo, é professora, tutora, escritora e poetisa. Tecnóloga
em Informática pelo CEFET Campos. Estudou Letras - Português- Literatura e Pedagogia na UERJ. Especialista em Docência Superior pelo Exército Brasileiro. Especialista em Gestão Pública pela UFJF. Especialista em Educação Profissional -PROEJA - IFF. Pós-graduada em Mídias na Educação - UFRJ. Professora há mais de 18 anos da Rede Estadual do RJ. Professora de Informática na FAETEC e IFF
Centro. Tutora em EAD – IFF Centro. Carioca, residente há 18 anos em Campos (RJ). Escrevo poesias desde adolescência, nos últimos dois anos, dedicando aos sonetos, minha última paixão. Além de escrever em solo, escrevo em duetos com Marcos Loures, José Sepúlveda, Armindo Loureiro, Paulo César Coelho (PCoelho), Carlos Rimolo (Poeta Cigano), Ronaldo Rhusso, dentre outros. Membro da Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro - APPERJ, cadeira 472. Membro da Associação Internacional Poetas Del Mundo (http:// a-internacionalpoetasdelmundo.blogspot.com.br/2012/07/membro-solange- figueiredo-sol-figueiredo.html).

Blog: http://solfigueiredopoesias.blogspot.com.br/
E-mail : solfigueiredo@iff.edu.br


Ser poeta!

O que é ser um poeta afinal?
Eu não teria só única resposta...
Por uma busca de inspiração tal,
Aí, surge a poesia como proposta!


Umas são inspiradas pela dor,
no computador ou até no papel,
e outras por um tão lindo amor,
tal como um artista sem pincel!


Vai nesse cenário em torpor...

Alegre ou chorando, sim, do seu jeito...

Assim, poeta desafia a compor!



Até mesmo que só lhe reste a dor...

Que desafogando enfim seu peito...

Já nasce uma obra e seu autor!

Homenagem ao Dia Internacional do Poeta!



José Henrique Calazans nasceu em 1986, no Rio de Janeiro. É um dos autores do musical Ícaro, junto com Byafra e Fred Vasconcelos. Premiado em diversos concursos literários, em 2009 lançou Quem vai ler esta merda? seu primeiro livro de poemas. Publicou em várias revistas e coletâneas, incluindo a antologia luso-brasileira Um rio de contos. Integra o Livro da Tribo desde 2008. Foi um dos organizadores do sarau Poesia no Leme. Teve o poema Rastro de Sangue musicado por Jane Duboc. Fez cursos com Sérgio Sant’Anna e Cláudia Lage na Estação das Letras e foi aluno de Márcia Zanelatto na Oficina de Criação de Roteiro de Curta-metragem, na CAL. Atualmente, estuda na Oficina Literária Cairo Trindade e na OffCep, oficina coordenada por Chacal. É membro do grupo de poesia performática Farani 53 e colaborador do jornal Bafafá Online.

Plantação

a Pedro Tostes


O agricultor matou a fome com um naco de terra
e protegeu-se do frio com um cobertor de vermes.
Não tinha terra; agora, ele era a terra.
E, no buraco que a espingarda cavou em seu peito,
fincaram-se as raízes da miséria e do desespero.

Seu sangue, ainda quente, irrigou a lavoura
e fez brotar flores raquíticas
de frutos que não matam a fome.
Sua carne, mesmo que pouca, adubou as plantas
e deu-lhes a palidez mórbida
do triste fim de seu cultivo.

Novos agricultores vão chegando
para também fincar raízes naquele latifúndio.
Novos agricultores vão chegando
para saciar a mesma fome de terra.
Novos agricultores vão chegando;
são iguais na busca e também no destino
de cair sempre nas garras da mesma fera.

E, a cada novo estampido de tiro,
vê-se mais uma semente
na plantação de homens.


Caça-palavras


-Quintanares para Raphael Gonzalez -

Tem dias que é difícil ser poeta.
O verso é uma criança travessa
que às vezes se junta com os amigos versinhos
pra brincar de roda no pátio.
E, quando a gente tenta acabar com o recreio,
eles correm cada um pro seu lado,
rindo da nossa falta de jeito.
Se eles se aproximam,
é só pra correr ainda mais longe
e rir ainda mais alto.
E a gente acaba entrando nesse pique-pega,
porque, afinal, que escolha a gente tem?
Mas nós sentimos fome, dores, aflições,
e os versos são eternas crianças:
escapam de nossas mãos,
passam por debaixo das pernas,
pulam sobre nossas costas
como se brincassem de carniça.
Mas, feito qualquer criança,
uma hora, o verso enjoa das travessuras.
E, quando a gente consegue juntar todos eles
pra cantar a canção mais bonita...

é como se o mundo inteiro fizesse sentido.






AFRANIOAFRA

Afrânio é Jardinista, Paisagista e Jardineiro!
Mesmo não plantando o ano inteiro...
Nasceu em 28 de maio de 1960, no posto médico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro,
Seropédica – Itaguaí.

Escreveu seu primeiro livro em agosto de 2000:
“Amor de Jardineiro – O Jardim dos Sonhos”.

Começou a escrever poesias em 2004.

Em outubro de 2011 lançou o livro infantil
“o JEGUE e o JEGUTIBÁ”.

Em 2013 vai lançar seu primeiro livro de poesias:
“Amor, Poesias e seus Contos – Todo Amor Assusta”.

Morou em Itaguaí, Santo Antônio de Pádua,
Santa Maria Madalena e Niterói – RJ.
Caraíva, no sul da Bahia 
e
Armação dos Búzios – RJ.
Passou por Vevey – Suíça
de 26 de maio até 03 agosto 2012.
Atualmente mora em Niterói 
e São Pedro da Serra – RJ.

afranioafra@hotmail.com



ÁRVORE! MINHAS ÁRVORES. NOSSAS ÁRVORES. DONA ÁRVORE. BEIJO-TE! AMO-TE. NÃO SINTO CALOR NEM MEDO SOB TUA SOMBRA. ADORO BALANÇAR-ME NOS TEUS GALHOS . ALIMENTO-ME COM TEUS FRUTOS. SOFRO QUANDO MATAM VOCÊ. MINHA ALMA CHORA SEM OS PERFUMES DAS TUAS FLORES. PLANTO-TE! ACABANDO ASSIM, COM MINHAS DORES. MINHA AMIGA DONA ÁRVORE! QUAL O CÉU QUE VAIS MORAR? DEPOIS QUE EU MORRER, É LÁ QUE QUERO VIVER! 



CONVIDADA ESPECIAL








LUANA MOANA

Cantora, compositora e atriz, natural de Don Pedrito, pequena cidade do Sul. 
Chega da França, dois dias antes da edição do "Um Brinde" trazendo na bagagem 
a sensibilidade de quem vive a arte com entrega e amor. 
Tem uma voz marcante, incomparável e presença envolvente.  










Luana Moana pousou para esta foto que acabou virando 
a capa dp meu livro. Foi na Lagoa de Itaipu, em Niterói.












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