Um Brinde à Poesia

Um Brinde à Poesia

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Um Brinde à Poesia Rio 03 - 24 de Outubro



     
Um Brinde à Poesia completou 13 anos, no dia 11 de junho deste ano. Acontece em duas edições mensais fixas. Faz parte da programação fixa do MAC Niterói, acontecendo todo segundo sábado, no auditório do Museu. Em agosto fez sua estreia no Rio, com programação fixa, toda quarta quarta-feira, na Livraria do Café, no Shopping da Gávea.

UM BRINDE À POESIA RIO 03

Coordenação e apresentação: Lucília Dowslley


Músicos: Fábio Pereira e Alexandre Pontes


Poetas Convidados: Kyvia Rodrigues, Marcela Giannini, Cairo Trindade e Manoel Herculano


Participação Especial: Igor Cotrim e Pedro Poeta - beep-polares pocket


Convidado Musical: Cayê Milfont, Robson K. e Jayme Botelho


Um Brinde à Poesia Musical: Clube da Esquina


Canja Diversos - participação com um poema (nome na lista para poder participar: umbrindeapoesia2012@gmail.com ou na hora.


Entrada Franca

















Kyvia Rodrigues é poeta, atriz, produtora e dá oficinas de interpretação teatral. estudou no colégio Militar e na UERJ, onde cursou Comunicação Social e começou a organizar eventos de poesia e música. Foi organizadora do Xalon, evento poético-musical que acontecia no Catete. Entrou para a Gang da poesia, em 1999, e desde então se apresenta com a trupe; Como atriz, participa de peças, curtas-metragens, videoclipes e performances, e como modelo, de capa de livros e discos. tem poemas publicados em algumas antologias.


Eu, Kyvia

Agora, estou nua
sob os olhos de desejo
e bocas entreabertas de espanto
Agora estou cria
de pranto e dor
sem temor da suposta vida
que me aguarda rangendo os dentes
Agora sou tua
poesia ardente
semente que me arranca a pele
e me derrama ao mundo
sem licença
Agora sou a crença
pós-masmorra
sou a porra fertilizada
por palavras insanas
e sou a ´própria insanidade
Agora sou a verdade
latente sempre velada
sou a bifurcação da estrada
cravada em seio erógeno
Agora sou o ódio que alimenta a cura
a tortura para a hipocrisia
Agora sou deus
e me chamo poesia












Manoel Herculano
Maranhanense - Poeta/Ator/Dramaturgo

Espetáculo solo: ESPELHO (UM AUTOR À PROCURA DE PERSONAGENS)


AMBIENTE-SE

Peço a palavra e um instante de atenção
Pois já não dá pra ser meio consciente
É importante assumir o compromisso
Desde o início do meio expediente
Reforçar nosso amor pela mãe terra
Antes do fim de todo meio ambiente

Porque no meio do meio ambiente
Ao meio dia quem é sábio observa
E sem meio termo a nossa conversa
Tem que ser sincera, sem reserva
Pois se ainda existe uma saída
Ela está nas mãos de quem preserva

Não dá pra ficar em cima do muro
Nem seguir caminhando no meio fio
Estamos à beira e no centro de tudo
Em nosso meio estamos por um fio
Do lado de cá, e de lá, e de dentro
Quando o tempo esquenta e faz frio

Todo mundo precisa compreender
Que já habita no terceiro milênio
E que do primeiro ao terceiro mundo
Necessita-se igualmente de oxigênio
Sem ar e sem árvore não sobrevive
Nem o bilionário nem o gênio

Seja feliz igual pinto na lixeira
Lixo orgânico, lixo reciclável
Papel, metal, vidro e plástico
Coleta seletiva, ação responsável
Lucidez e atitudes que garantem
Para todos um futuro confortável

Mas pra falar de esperança no futuro
Só com educação à nossa altura
Produzir o pão nosso de cada dia
Vestindo a camisa da agricultura
Sem destruir a prole nem o pólen
Nossa morada e o culto à cultura

E o rei do baião, um ser lá do sertão
Por ser tão consciente fez um xote
Sobre a dor das florestas, das matas
De quem mata, e é morto, e é morte
A terra que arde nas mãos do covarde
E nos deixa sem rumo, sem norte

O sustento da sustentabilidade
Não permite consumo sem limite
Nem a falta de zelo e o degelo
Clamor que a geleira transmite
E outros gritos, tantos lamentos
Fatos que o bom senso não admite

Pois então se ligue nesta missão
O meio ambiente é biológico
E a lição é: ambiente-se, oriente-se
Já que o sistema nem sempre é lógico
Mas a possibilidade real existe
Porque o eco da natureza é ecológico

COM A PALAVRA

"E as últimas palavras desse nosso amor, você vai ter que ouvir..."
Dá licença, eu estou com a palavra
E se estou com a palavra, automaticamente minha língua destrava
Porque, sem palavreado, a palavra é minha única arma
Com ela eu faço canções, orações, desfaço karma
Descrevo um tema e escrevo um poema que te desarma
Como é bom saber usar as palavras, beber sábias palavras
E, curiosamente, eu gosto até de meias palavras
Não de meia verdade, acho triste não ter palavra
Aprendi com meu avô, analfabeto, filho de índio e escrava
Um doutor ensinando ao neto, o valor da fala que ele mal soletrava
Detesto medir as palavras, engolir palavras
Principalmente aquelas de cores fortes, sonoridades bravas
Palavra que dá gosto ouvir, falar, sentir, cantar
Palavra que invade nosso pensamento, causa aflições, tece sua teia
Que lavra nossa mente e milhões de ideias semeia
Palavra que provoca segundas intenções, o poder da astúcia
E desemboca nas inspirações, sensações de prazer e angústia
Palavra novinha em folha, bonita, cheia de razão, que a gente grava                                                             Palavrinha tola, esquisita, palavrão com que se agrada, agride, agrava
Ou simplesmente:
"Outras palavras, outras palavras..."
"Por favor entenda, que palavra por palavra eis aqui uma pessoa..."
"Palavras são palavras, e a gente nem percebe o que disse sem querer..."
"Pena que pena que coisa bonita, diga qual a palavra que nunca foi dita, diga..."
"Minha palavra cantada pode espantar, e aos seus ouvidos parecer exótica..."
"Só uma palavra me devora, aquela que meu coração não diz..."
"Palavra não foi feita para dividir ninguém/ Palavra é a ponte onde o amor vai e vem/ Onde o amor vai e vem".


















Cairo de Assis Trindade - Escritor, estudou Direito e Comunicação. Tem quatro livros de poesia publicados, participa de várias antologias; teve duas peças de teatro encenadas e atualmente prepara o próximo livro. Trabalhou como ator nas peças D.Quixote, Hair, Hoje é Dia de Rock, O Arquiteto e o Imperador da Assíria. Dirigiu três peças de teatro. Criou a Gang, faz recitais e performances poéticas pelo Brasil, com A Dupla do Prazer. Dirige a Gang Edições e aEditora Contemporânea. Ministrou também Oficinas de Criação Literária no Sindicato dos Professores SINPRO-Rio. É copydesk e colaborador da Agenda da Tribo (São Paulo). www.livrodatribo.com.br



Enigma

sou este ponto de espanto
no entra-e-sai – no vai-e-vem
metade de mim é quando
a outra metade é quem

parte em mim é desespero
outra parte desencanto
só sei ser múltiplo inteiro
quando eu amo – quando eu canto

tento juntar os pedaços
passos, pessoas, passado
não sei onde estão meus rastros
meu retrato mais exato

entre estes cacos e restos
nem perfil nem biografia
se me perdi nos meus versos
um dia viro poesia


Labirinto
preso a meu corpo preso a meu peso
preso a meu porto - meu endereço

preso a meu nome preso ao presente
a meu telefone - meu desespero

preso a meu ego preso a meu preço
ao que carrego e ao que careço

preso aos pesares preso aos prazeres
preso ao prosaico a pressões preconceitos

preso a prazos horários agenda
conta bancária - quanta corrente

preso a números e documentos
preso ao desprezo que sinto por eles

detento de tantos, exilado em mim mesmo
sou refém e carcereiro

tenho as chaves e as algemas
e entre grades que eu invento

me liberto
no poema







Igor Cotrim é um artista de diferentes expressões que se completam: cinema, teatro, poesia, música, literatura, apresentação e improviso. Formado pela Escola de Arte Dramática da USP, trabalhou na Rede Globo no programa "Sandy e Junior" e na novela "Mulheres Apaixonadas". Na Record, participou da novela "Chamas da Vida" e já apresentou programas culturais para o Discovery Chanel e MULTISHOW. No cinema, atuou ao lado da atriz Simone Spoladore no filme "Elvis e Madonna", de Marcelo Lafitte. No teatro destacam-se os espetáculos "O casamento", de Nelson Rodrigues, "O evangelho segundo Jesus Cristo", de José Saramago e "Cozinha", de Arnold Wesker. Contabiliza os prêmios de melhor ator no Festival Internacional de Manaus e no Festival de Natal. Ganhou o prêmio especial do júri de melhor ator no Festival de Fortaleza - IV for Rainbow, e recentemente levou para casa os prêmios de melhor ator da ACIE e ator revelação do prêmio Guarani
















Tenho uma poesia cravada na "parede da memória"...

Uma lembrança simplória do amanhã fantasiado de agora...

O Deus que tudo implora... Chamava-se Ego... Em meio a história...



Nos perdoaram a beleza da mais pura trajetória... Amor não bate a porta... Permeia a vida ao longo da flora... 

Quem me dera a criança fosse a chave do pensamento... Se pensamento fosse... alguma chave criança a dentro...

Sentimento se atualiza varrendo o que desequilibra...

Nasci no circo... Fui ator... Subi no palco... Cai na pista...

Ainda espero a sinceridade no olhar... e sinceramente não entendo sinceridade que não seja amar... Piegas é querer determinar... E o que eu tento esboçar é o sentir... O sorrir... Se libertar...



Tenho uma poesia cravada na parede das suas lembranças...

Esperança fosse... A dança... 



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Que seja a vida, inevitavelmente, a soma das nossas melhores forças... 

A multiplicação das nossas melhores lembranças...

E a unidade dos nossos melhores sentimentos...

O resto... sem amor... é perda de tempo...

Que esteja a vida muito além dos nossos humanos pensamentos...

Me permito, quando posso, o sabor de ser pequeno...











UM MÚSICO BRASILEIRO

Compositor, cantor, instrumentista, Cayê Milfont, é cearense de nascimento
radicado em Brasília e no Rio de Janeiro, e traz a marca da paixão em tudo que faz.
Vem de uma família de músicos.
Neste ano de 2012, ele participou da temporada Brasil, Sertão e Mar, no
Auditorium Mainson du Patrimoine, na cidade de Troyer - França e tem a música
de sua autoria - Pedaço de Ti - sendo interpretada pela artista portuguesa, atriz e
cantora, Simone de Oliveira, em Portugal.

E dá continuidade às apresentações de seu mais recente formato de show – Cayê Milfont – cantos de TAIGUARA – uma homenagem a um dos ícones da MPB e da resistência à ditadura militar instalada no País nos anos 60, 70 e 80, ao lado de quem participou do Show pela Paz Mundial.

Em 2010, com mais de 30 anos de carreira profissional, lançou seu mais novo CD –TERRA DO SOL - que reúne composições e arranjos de sua autoria, num
repertório que leva o ouvinte a uma viagem através de ritmos: Bossa Nova, a
clássica romântica MPB, Samba-canção e Samba.
Como compositor e intérprete, em 2008 Cayê Milfont foi um dos 11 finalistas da
Final de Gala do Gibraltar Song Festival, na Europa, com uma de suas composições – AGASALHO – tendo sido escolhida dentre 200 de todo o mundo e única representante de língua portuguesa na história do Festival europeu. Em 2010, novamente com a canção ANTES - de sua autoria – ele esteve no GSF, representando o Brasil, dentre participantes do Reino Unido, Austrália, Argentina, Venezuela, Espanha e Malta.
Cayê Milfont foi vencedor, como melhor arranjador e intérprete, da Feira
Pixinguinha em Brasília (DF, Brasil), em 1979, que lhe rendeu o convite para
participação no show Dolores Vinte Anos Depois, com Marisa Gata Mansa. E
também escreveu e musicou diversas peças teatrais, que permaneceram em
cartaz no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília por vários anos como O Inspetor
Geral, A Casa de Chocolate, As Aventuras de Galápagos, O Outro Lado do Lado e A Fada. Até 2010 ainda estava em cartaz, no Rio de Janeiro, a montagem musical «O Semeador de Estrelas».






Robson Cândido de Carvalho, conhecido na música como Robson K, nasceu na cidade de São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, no dia 1 de novembro de 1980. Filho de um Policial Militar e de uma cozinheira, Robson aos cinco anos já mostrava sua veia artística nas serestas que seu pai fazia aos domingos em sua casa, e cantava junto com os adultos músicas de Agnaldo Rayol, Altemar Dutra, Nelson Gonçalves e outros cantores daquela época.Aos 17, já era cantor, compositor, arranjador, instrumentista, com várias inluencias da MPB, Reggae, Rock e Samba, participou de alguns festivais mas nunca tinha gravado. Aos 21, ele deixou a música para trabalhar num estúdio de gravação e se formar Técnico em Gravação e Produção Fonográfica, mas não trabalhou por muito tempo. Em 2007 Robson volta a tocar, formou al banda Renomados, que durou até 2008 e no mesmo Ano passou a gravar parcerias, a maioria com Jayme Botelho e em 2011 gravou sua primeira demo solo "Robson K Acústico". Demo essa que Robson luta para virar seu primeiro álbum produzido profissionalmente.



Contato para show

contato.robsonk@hotmail.com


RIO DE JANEIRO - RJ - Brasil
75691301


Agradecida a todos que estiveram presentes na inebriante noite do Um Brinde à Poesia Rio 03, ontem na Livraria do Café Gávea! A Satisfação e a felicidade na alma, deixam o desgaste físico e a dor no chinelo. 13 anos produzindo e apresentando brilhantes poetas e músicos, revelando talentos no meio do público e conquistando admiradores apaixonados pela arte da palavra falada ou cantada "não tem preço" mesmo. Vale o compartilhar amigos! Obrigada em especial aos artistas da programação desta edição: Cayê Milfont,Igor CotrimPedro Poeta, Kyvia Rodrigues Guarani-KaiowáManoel HerculanoCairo TrindadeRobson K CompositorJayme Botelho, Marcela Giannini, Alexandre Pontes e Fabio Pereira! Ao querido fotógrafo Julio Pereira pelas lindas imagens eternizadas! Foi lindo! Obrigado aos parceiros Cais de Icarai - Luiz Barros e a Porção Mágica! Obrigada a Claudia da aconchegante Livraria do Café! Foi tudo lindo! Valeu! ♥ 




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