Um Brinde à Poesia

Um Brinde à Poesia

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Um Brinde à Poesia Março, Especial Mulher Especial Poesia


O ano de 2014 é um ano marcante para o Um Brinde à Poesia. Completaremos 15 anos
no dia 11 de junho e isso me dá motivos para fazer muitos brindes e celebrar. 
São páginas, poetas, palcos, paixões traçando uma trajetória que começou em Niterói, viajou, atravessou ponte, ocupou coreto, vai fincar bandeira e conquista corações.
 Por isso, aceitei o convite da diretora do Solar do Jambeiro, em Niterói, ao qual sou muito grata, para fazer uma edição no dia 8 de Março, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. E, será a primeira de muitas edições que faremos neste espaço encantador. Uma honra! 
Era o meu desejo fazer "Um Brinde" lá e confessado por Carla, ser o dela também.  
Aliança feita, estreamos com duas convidadas que admiro muito. 
Receberei a compositora e poeta Ana Terra,  que curto de longe faz tempo, 
autora de inúmeros versos de sucesso, entre eles os consagrados 
na voz da cantora Ângela Ro Ro,

“Amor, meu grande amor
Não chegue na hora marcada
Assim como as canções
Como as paixões
E as palavras” 
,
e a atriz Catarina Dall"orto, que dirigi no início de sua carreira, no meu espetáculo teatral infantil "Viajando nas Páginas", apresentado no SESC Niterói e passado o tempo, hoje orgulhosamente aplaudo de pé, no monólogo autoral 
"A Mulher Sem Face", que brilhou nos palcos cariocas em 2013. Vamos assistir trechos da peça que nos deixará com gostinho de quero mais. O que será possível, no dia 22 de Março, no próprio Solar do Jambeiro.

E, cada poeta presente terá espaço  para se apresentar com um poema.

As edições no Solar do Jambeiro, terão um formato diferente a cada mês.
A partir de Abril, passará a ser todo primeiro sábado, das 16:30 às 18:30.
Dia 5, teremos o lançamento do livro Marca D'água, de Cristina Lebre.
Em maio teremos uma programação com poesia e teatro.
Aliás, a ideia é dar espaço para os atores divulgarem suas peças.

Lucília Dowslley






Lucília Dowslley, fotojornalista e atriz, nascida em Niterói, no Rio de Janeiro. Lançou em 11 de junho de 1999, o Um Brinde à Poesia Movimento pela Paz e Liberdade de Ser, inspirado em sonho, que mensalmente promove no MAC Niterói, no Museu da República e no Solar do Jambeiro. Se apresentou no Paraguai, Nova York e Nova Jersey. Publicou dois livros: Um Brinde à Poesia (2004) e Carmim (2012). Ministra Oficinas de Interpretação e Criação de Textos e coordena o Clube de Leitura para crianças. Viver poesia, falar a poesia, ser poesia. Assim têm sido os seus dias, Militante das artes a mais de 20 anos, acredita na arte como instrumento de autoconhecimento e de conscientização para transformação da humanidade numa vida de qualidade, celebração e paz. Seja no teatro, na fotografia, na música ou literatura, este é o seu grande desafio, o seu objetivo maior e a sua luz.


NO CORAÇÃO DE DEUS 
 Lucília Dowslley

Por muito pouco
Ou por quase nada
Estão matando.
A fumaça sobe
O céu acinzenta
A voz se cala
O amigo se vai
A porta se fecha
A lua cai
O poeta chora
As palavras voam
O vento rasga
O sonhador acorda
O ator engasga
A mão se encolhe
O pássaro canta
A criança colhe
O real se desvaloriza
A dona se espanta
O poder corrompe
O pouco não satisfaz
O povo pede paz.
A mão contida
A vida sofrida
A vida não vivida
A natureza devastada
A humanidade dividida.
O rumo perdeu o freio
Emoções sem medida.
Cinza nos ares - sinal.
No olhar o grito ecoa.
Estrelas que brilham
Parecem lágrimas
Escorrendo na escuridão.
Por muito pouco
Ou por quase nada
Estamos matando
Estamos morrendo.
Ação desnorteada.
Pura defesa se salvar.
Vira-se então as costas
Cada um por si
Perde-se os sentidos
A noção dos valores.
Sinal de alerta -
Despertar nova consciência.
São tantas necessidades...
Buscar saciar todo desejo
Se satisfazer com o que se tem
Cuidar para não perder?
A que custo? Em troca de que?
Os passos ficam mais velozes
Os gestos vão se reprimindo
Os bandidos a solta
Insanidade mental
Drogam-se, matam
Matam, inclusive inocentes.
A justiça nas mãos de quem?
A violência sem limites.
Nada preenche o vazio.
E quando a solidão vem?
A família chora
O alicerce não quer ceder
As loucuras do mundo moderno.
Encontrar um novo sentido
Positivar a mente
Urgentemente.
Tentar retroceder
A novela da vida
Cenas dos próximos capítulos...
O paraíso aqui mesmo
Quem sabe?
A vida é amor
E por que não dizer Deus
Deus em cada um de nós.
Com muito pouco
Ou com quase nada
A esperança de um recomeço.
Redescobrir o caminho
Na simplicidade do ser.
Somos capazes de amar.
Um possuidor de amor
Neutraliza 100
Carregados de ódio.
Imagina 100, 1.000
1.000.000 de amorosos?
Antes de qualquer palavra
Antes de qualquer acontecimento
Antes de qualquer gesto
Manifeste amor
Então, tocará no coração
De alguém
Do universo
De Deus.







Ana Terra, Compositora profissional desde 1985, tem cerca de 200 gravações de obras musicais com letras de sua autoria, como Elis Regina - “Essa Mulher”, “Pé sem Cabeça”, “Sai Dessa”. Milton Nascimento e Nana Caymmi - “Meu Menino”. Maria Bethânia -“Da Cor Brasileira. Emílio Santiago - “Ensaios de amor” e “É só uma canção”. Barão Vermelho e Ângela Rô Rô - “Amor meu grande amor”. Elton Medeiros - “Virando Pó”, “Direito à vida”, “Mãe e Filha”. Sueli Costa e Lucinha Lins - “Insana”, “Minha Arte”. Dori Caymmi, Leila Pinheiro e Renata Arruda - “Essa Mulher”. Lisa Ono - “Os dois”, “Eu sou carioca”, “Diz a Ela”, “Essência”. Mart’nália - “Sai Dessa”. Publicou os livros Letras e Canções (poesia) e Estrela (prosa). Recebeu prêmio do Ministério da Cultura pelo roteiro original do longa-metragem Os Campos de São Jorge. Produz e dirige audiovisuais e tem peças de teatro inéditas. Ao lado da criação artística, atua como ativista política participando do movimento independente das artes, da implantação do canal comunitário de Niterói, dos fóruns de música. Em 2004 foi tema do documentário Ana Terra, do cineasta Luiz Rosemberg Filho. Atualmente é Diretora Executiva do Projeto "Casa do Músico".








Site de Ana Terra



Leia a bela entrevista com Ana Terra: 












Sobre A Mulher Sem Face, de Catarina Dall"orto

“A mulher sem Face” teve sua estreia em setembro de 2012 no Espaço Reserva + e em seguida cumpriu temporada no teatro Sesc Tijuca – Espaço II, Casa da Gávea e fez parte da programação do Ciclo Inter-Agir no Oi Futuro do Flamengo. O espetáculo reestreou em 2013, nos dias 21 e 22 de agosto em duas únicas apresentações no Teatro Maria Clara Machado – Planetário da Gávea. Em 2014 fará uma curta temporada em Niterói no Solar do Jambeiro, dias 22 e 29 de março e 05 e 12 de abril, sempre às 20h.
O monólogo aborda questões comportamentais atuais, enfatizando a questão da busca pela identidade na sociedade pós-moderna, promove uma reflexão sobre as sociedades modernas que sofrem mudanças rápidas e constantes. Inspirado na obra literária “Pasárgada”, de Manuel Bandeira, o espetáculo “A Mulher Sem Face” relata o drama pessoal de uma mulher que decidi partir, sair do mundo real, para fugir das amarras do cotidiano em busca de sua identidade. No entanto, ela percebe que não se recorda mais quem ela é. Para mudar isso, precisa voltar no passado e vasculhar cuidadosamente suas lembranças em busca de sua identidade. É no dilema, entre tomar as rédeas do seu destino e ser levada pelo tempo, que se desenvolve “A Mulher sem face”.
Texto do Coordenador de Projeto: Um projeto onírico. Voltou da lembrança para imaginar-se sem face. Esse foi o ponto de partida do espetáculo que apresentamos. Uma ideia, da intérprete e autora, nascida do desejo insistente de manifestar a arte. A vontade explícita de promover um encontro da sua mais adormecida memória com as vísceras produzidas pelo desabrochar em cena. Um projeto ousado e autoral que compreendia pelo menos duas grandes dificuldades: construir uma dramaturgia e estar sozinha em cena. O enfrentamento, muitas vezes angustiante, transformou-se em um belo espetáculo que apresenta as sutilezas vivenciadas pela atriz e as conquistas da hábil maneira de escrever. E ainda leva o espectador a compreender as múltiplas possibilidades de contemplar um monólogo. O resto, tal como um desenho, cria um oceano em cada folha de papel em branco que compõe o espetáculo. Avante toureira!!! Afirma a mulher que se encontra no deserto caminho da memória furtiva do passado incompleto. Mas nunca deixa de seguir viagem.
Fred Tolipa






No dia 12 de Março, temos nosso encontro no MAC Niterói, que aliás 
completa neste mês, quatro anos consecutivos que acolheu o projeto. 
Minha gratidão ao Professor Guilherme Vergara e a  Baltazar!
Seguimos rumo aos quinze anos e vale destacar, que o dia 11 de junho cairá na segunda quarta-feira, dia que temos edição no MAC Niterói. Então.... 
Teremos um parabéns especial numa noite imperdível!
Mas vamos ao dia 12. 
Especial Liberdade de Ser Mulher, com um time de primeira 
para comemorar o universo feminino.
Começo anunciando a dançarina Vanessa Soares, que me impressionou na 
performance que fez no SUBA sarau do Vidigal, comandado por Marcelo Mello.
Será a primeira vez  que participará do "Um Brinde à Poesia". Receberei também a cantora Louise Hug que sempre nos emociona e encanta com sua belíssima voz,  acompanhada de André Rangel . Conto também com a participação das queridas poetas Anna D'Castro, Ana Paula Soeiro, Cristina Lebre, Elvira Campos Barroso, Jammy Said Lua Morena, Marcia Mendes, Mariana Valle, Marla de Queiroz, Mônica Firme Maciel, Patrícia Porto, Ronalda Teixeira, Raquel Abrantes, Rosângela de Souza Goldoni e Wanda Monteiro.

Vai ser especial demais! Imperdível!

Lucília Dowslley




O Um Brinde no Coreto da Poesia, do dia 15 de Março, tem muitas comemorações.  
Especial Liberdade de Ser Mulher e Semana da Poesia. No dia 14, é o Dia Nacional da Poesia e no dia 21, o Dia Internacional da Poesia. Além disso, Vamos batizar o Coreto, como "Coreto da Poesia" e fincar a Bandeira do Um Brinde à  Poesia. Motivos não faltam para celebrar e por isso a presença de todos que militam pelos versos em suas diferentes expressões é muito importante.
E, para começar, os músicos Cayê Milfont e Sérgio Octaviano 
estarão dando o clima com suas lindas canções autorais. Vanessa Soares estará presente, apresentando sua bela dança contemporânea. Uma constelação de poetas estará se apresentando no Chafariz. São elas:  Anna D'Castro, Ana Paula Soeiro, Cristina Lebre, Denizis Trindade, Eda Lúcia Damásio, Flávia Côrtes, Jurema Nascimento, Kyvia Rodrigues, Marcela Giannini, Marcia Mendes, Maria do Carmo Bomfim,  Marla de Queiroz,  Marisa Queiroz, Mônica Firme Maciel, Patrícia Porto, Ronalda Teixeira, Raquel Abrantes, Rosângela de Souza Goldoni, Sheyla de Castilho, Telma Moreira, Vânia Soares e Wanda Monteiro. Jammy Said Lua Moreno irá apresentar dança do ventre.
No Coreto da Poesia, estarei expondo "Poetas D'Versos"
uma pequena seleção, do amplo registro fotográfico dos
 saraus no Rio de Janeiro e em Niterói

Participe! Um Brinde à Poesia pela paz e liberdade de ser.

Lucília Dowslley






História do 8 de março

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Objetivo da Data 

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras 

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

Marcos das Conquistas das Mulheres na História 

- 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.
- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
- 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
- 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
- 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas
- 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres
- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
- 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças
- 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina
- 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres

Fonte: http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm


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